Administradora do programa Médicos pelo Brasil sob suspeita

 

"Administradora do Médicos pelo Brasil empregou amigos e parentes com salários de R$ 20 mil, sugere relatório", é o que diz Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S. Paulo , adiantando que a diretoria da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde foi afastadoda cautelarmente.

Segundo a jornalista, uma comissão criada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com a Controladoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União identificou indícios de conflito de interesse na contratação de funcionários da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps ), criado no governo de Jair Bolsonaro para administrar o programa Médicos pelo Brasil, substituído do Mais Médicos. 

O relatório preliminar, teria como base denúncias nos canais oficiais do governo e afirma que "ritos de contratação não foram seguidos e, parentes e amigos de pessoas que integravam banca de seleção ou diretoria da agência estavam sendo contratadas para cargas estratégicas", diz Mônica em sua coluna. Os salários estariam acima de R$ 20 mil.

De acordo com o colunista, mais de 120 pessoas passaram pelos processos seletivos investigados e termos de cessão, acordos de parceria, ordens de serviço e entrega de bens também estariam fora dos padrões de contratação.

O Médicos pelo Brasil foi lançado em 2019 em uma tentativa de substituir o Mais Médicos, criado em 2013 e encerrado após um incidente envolvendo a contratação de médicos cubanos via convênio entre os países. No dia 20, o Mais médicos foi relançado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Novas normas dão precedência a profissionais formados no Brasil, seguindo-se profissionais brasileiros formados no exterior e, por fim, profissionais estrangeiros. 

Ainda sob sigilo, o relatório preliminar apontava para a existência de advertências e riscos à administração pública, causados ​​por certos vícios no modo como as contratações foram feitas, afirma o jornalista.

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