Trabalho decente, sim/ Trabalho escravo, não: seminário lotou Câmara em Caxias do Sul

Centrais sindicais gaúchas e movimentos sociais lotaram a câmara de vereadores de
 Caxias do Sul, em resposta ao desafio de discutir questões relacionadas ao trabalho


Foto divulgação/CTB


O objetivo do encontro era esclarecer e mobilizar a sociedade para as situações de precariedade nas relações de trabalho.

Os participantes defenderam e discutiram propostas concretas reunidas em carta que será apresentada às autoridades e aos poderes executivo, legislativo e judiciário. Ao longo da tarde de trabalho a ênfase das falas desencadeou para a necessidade de vigilância permanente do poder público, a participação vigilante da sociedade civil e a geração de medidas concretas, efetivas, no combate ao trabalho escravo.

Transmissão ao vivo, pelo Facebook da CUT-RS




“Esse documento servirá como guia e instrumento de combate a esses grandes malefícios provocados pela regressão civilizacional que nós tivemos no último período, principalmente com a reforma trabalhista, que retirou mais de 100 direitos da CLT. O documento apresenta propostas concretas, como o aumento da fiscalização, a revogação da terceirização irrestrita e um conjunto de medidas que precisam ser adotadas pelo novo governo, para que a gente possa combater a precarização do trabalho”, declarou o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, pelas redes sociais.





Além do Fórum das Centrais Sindicais, que reúne as principais centrais de trabalhadores do estado, estiveram representados o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Tribunal Regional do Trabalho – TRT 4ª Região, Ministério Público do Trabalho – MPT, da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. O Senador Paulo Paim, deputados federais e estaduais e sindicatos de trabalhadores da região e do Também foram dizer não ao trabalho escravo.

Foto: Divulgação/CTB-RS


Estiveram presentes ao encontro e se manifestaram na tribuna o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RS), Francisco Rossal de Araújo, o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul, Rafael Foresti Pego, o gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Caxias do Sul, Vanius Corte, o senador Paulo Paim (PT-RS), a deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS), os Deputados Pepe Vargas e Laura Sito, Reginete Bispo, os vereadores Estela Balardin, que representou a bancada do Partido dos Trabalhadores (composta, ainda, por Lucas Caregnato, Rose Frigeri) e Rafael Bueno (PDT) bem como outros parlamentares e dirigentes sindicais e de entidades como Sitracom (Bento Gonçalves), SinproRS, Cepergs, Sindiserv, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos Comerciário, Sindicato dos Bancários e Sindicimp, CSP, Conlutas, Fetar, CTB, CSB, UGT, 



dados que falam

O caso flagrado em Bento Gonçalves está longe de ser o único ou novidade. No país, em 2022 pelo menos 2.575 trabalhadores (número de registro, até então) foram resgatados de condições análogas à escravidão em 432 operações realizadas. Em 2021 foram 1.937 resgates. Em 2020, foram 942 em 2019 foram 1.054 pessoas resgatadas. Os dados são do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Em 2022, o documentário " Precisão " foi exibido na Espanha. O filme retrata as histórias de brasileiros resgatados de condições de trabalho análogas à escravidão.

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Assista:



Mineração, trabalho escravo e militar Programa Giro das Onze, TV Brasil 247

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