Enredo do 8 de janeiro incluiria traição

 


O presidente Lula interveio com assessores que acreditaram na versão apresentada pelo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Gonçalves Dias. Na versão do general ele teria chegado ao Planalto quando uma invasão já havia ocorrido. A partir daí, decidiu ajudar na retirada dos golpistas do terceiro e quarto andares, sem enfrentamento, julgando que estariam detidos quando chegassem ao guarda ao prédio.

O Presidente acha que Gonçalves Dias perdeu o "comando da tropa" e isso, por si só, é motivo para um chefe militar ser afastado. Por isso sugeriu que ele apresentasse o pedido de demissão.

O General foi Secretário de Segurança da Presidência da República nos dois mandatários anteriores de Lula e chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Para o presidente, Gonçalves Dias pode ter sido traído por subordinados e por colegas de farda que apoiaram e continuam apoiando o ex-presidente Jair Bolsonaro. A traição se traduziria não somente durante a invasão, mas com o próprio vazamento das imagens (flagrantemente ditadas segundo muitos veículos de imprensa).

Na avaliação do presidente, o vídeo foi editado para sustentar a versão de que o general colaborou com a invasão. Essa versão foi reverberada pela oposição no Congresso, com a alegação de que agentes do governo patrocinaram atos de golpistas para vitimizar o presidente Lula.

A partir do evento, os líderes do governo na Câmara e no Senado passaram a defender que a CPI mista das duas Casas pode ser uma oportunidade para provar que o atual governo não teve participação nos atos.

A certeza da oposição na participação do governo como protagonista dos atos do 8 de janeiro pode, com boas probabilidades, ser um "tiro no pé".

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