Nota de Repúdio
O coletivo MAESA Popular repudia a nota do prefeito Adiló Didomênico sobre o tumulto causado pelos CCs na audiência pública a respeito da MAESA.
Nota de repúdio emitida pela AMAESA frente aos desmandos que se instalaram na quarta audiência pública sobre a gestão da Maesa
Nosso grupo estava em frente à prefeitura quando o procurador geral do município e o vereador líder do governo convidaram a participar no auditório onde ocorreria a audiência. Quando já estava em frente ao auditório, nos cadastrando para entrar, o acesso foi interrompido com o trancamento das portas por um dos CCs que estavam presentes. Mesmo com várias cadeiras vazias no interior da sala de audiência, muitos interessados em participar da consulta pública, que foram convidados a entrar minutos antes, foram barrados sob o argumento de que não haveria espaço para a acomodação.
Como os vídeos mostram, essa atitude do governo foi feita de forma truculenta e desrespeitosa com a população. Essa atitude, somada a toda a prática de realização das audiências públicas, com auditório com pouco espaço e tempo muito limitado para as intervenções, denota a intenção do poder público de restringir a participação popular na discussão sobre a MAESA a apenas uma pequena parte da multidão , a qual será beneficiada pela privatização.
A iniciativa dos vereadores Lucas Caregnato, Rose Frigeri e Estela Balardin durante uma audiência pública foi a de garantir o acesso dos cidadãos. O confronto dos CCs contra os vereadores e os manifestantes mostra o comportamento arbitrário dos gestores. Boa parte da população não está de acordo com o formato proposto para a concessão da MAESA. Os vereadores foram agredidos durante o episódio enquanto representavam essa população que se preocupa com a preservação deste patrimônio cultural.
É inaceitável que um projeto de concessão que queira transferir a exploração do Complexo da Maesa para uma iniciativa privada por 35 anos ocorrendo de forma restritiva em relação à participação ampla da população caxiense, pois este nosso patrimônio é de interesse público e sua concessão deveria ter sido com todos os setores da sociedade. Além disso, já existia anteriormente um projeto muito mais amplo de uso daquele espaço – concebido de forma bem mais democrática – que foi desconsiderado pela administração atual.
Nosso coletivo defende que a MAESA seja para todos, e que sua ocupação resulte de um debate justo, transparente e profundamente democrático. Nós nos comprometemos a continuar lutando pelos interesses da população e defender a preservação deste patrimônio cultural tão importante.
Coletivo MAESA Popular
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