MST faz trabalho sério, que poucos conhecem, diz Alckmin

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“O governo do presidente Lula, todos nós, defendemos a reforma agrária. Ela é importante”, disse o vice-presidente Alckmin diz que o MST faz "trabalho sério que pouca gente conhece"·



Agência Brasil – Ao visitar uma feira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na cidade de São Paulo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, elogiou o trabalho feito nos acampamentos e assentamentos do movimento e sugeriu não ser papel da Câmara dos Deputados investigar invasões de terra promovidas por sem terra, por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).


“O governo do presidente Lula, todos nós, defendemos a reforma agrária. “As pessoas têm a oportunidade de vir aqui, comprar produtos saudáveis ​​e melhorar a renda de quem trabalha”, elogiou Alckmin.Ela é importante”, declarou Alckmin a jornalistas presentes à 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, que acontece até domingo (14/maio), no Parque da Água Branca, na capital paulista.


Diferentemente do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agrícola Familiar, Paulo Teixeira, que subiu ao palco principal do evento e discursou ao lado de outros representantes do governo federal e de lideranças de movimentos sociais, o vice-presidente apenas circulou entre os, conferindo os produtos expostos e atendendo aos pedidos para tirar fotos com simpatizantes. “Eu sempre venho às feiras [do MST]. Nós autorizamos e eu vim”, disse Alckmin, que quando o governador de São Paulo chegou a dizer que apoiava a reforma agrária no estado, mas não a invasão de propriedades públicas ou privadas. Ele acrescentou que a feira é importante para mostrar o "trabalho que pouca gente conhece". "Um trabalho sério. Havia uma quanto resistência a eles [sem terra] usarem o Parque da Água Branca.


CPI

Atualmente, o vice-presidente contestou que as ocupações de terras que o MST promoveu em todo o país ao longo do mês passado tenham impactado as relações do governo federal com o movimento. Ele também contestou a decisão da Câmara dos Deputados de criar uma CPI para investigar o MST e as invasões de terras no país. “Sou muito cauteloso com esta história de CPI. O trabalho do legislativo é legiferante [ou seja, legislar], não policialesco. Sou muito cauteloso em relação a qualquer CPI. Acho que já há muitos órgãos de fiscalização: TCUs [tribunais de contas], MP [ministério público], Controladoria, Corregedoria.A função precípua [dos deputados e senadores] é legislar bem, aperfeiçoar o modelo legislativo, aprofundar o debate de questões complexas como a reforma tributária, que não é uma situação simples. Você tem que estudar, ouça bastante.


Mais incisivo, o ministro Paulo Teixeira criticou a oposição pela instalação da CPI. “Querem investigar o MST? Querem criar uma CPI para isso? Acho que vão achar coisas interessantes. Vão ver que, ali [nos acampamentos e assentamentos do movimento], tem suco de uva que não tem trabalho escravo. Vão encontrar produtos que não têm agrotóxicos.Vão encontrar soja não transgênica”, afirmou, referindo-se a alguns dos produtos produzidos pelo MST, maior produtor de arroz orgânico da América Latina, segundo o Instituto Riograndense de Arroz (Irga), autarquia subordinada à secretaria estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rurais do Rio Grande do Sul.

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