Cancelada nomeação de Coronel do Exército que tramou golpe de Estado


Após uma reunião com o presidente Lula, o comandante do Exército cancelou a nomeação do militar que tramou golpe. Ele assumiria um cargo nos Estados Unidos, para o qual fora destacado ainda em 2020.

Com dados do Brasil 247/Reuters (Brasília) - Jean Lawand Junior permanecerá no Brasil e deve prestar esclarecimentos, informou a assessoria de imprensa do Exército.

O comandante do Exército, Tomás Paiva, determinou que o coronel do Exército Jean Lawand Junior, que teria incitado um golpe de Estado em mensagens trocadas com o ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, não seja enviado para missão diplomática nos Estados Unidos prevista para o início de 2024.

O militar permanecerá no Brasil e deve prestar esclarecimentos, informou a assessoria de imprensa do Exército. Atualmente, Lawand Junior serve no Escritório de Projetos Estratégicos do Estado-Maior do Exército e havia sido selecionado, ainda em 2020, por mérito, para ocupar o posto nos EUA.

A decisão de cancelar a viagem ocorreu após o comandante do Exército e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, terem se reunido na hora do almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro que não constava inicialmente da agenda do chefe do Executivo.

Diálogos entre Lawand Junior e o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foram revelados em relatório da Polícia Federal feito a partir de dados que constam do celular apreendido do ex-assessor presidencial, cujo teor foi publicado pela revista Veja.

No aparelho de Cid, também foi revelado um documento com instruções para um suposto golpe de Estado. No mesmo celular, além do documento, a PF identificou  conversas entre os dois militares em que Lawand Junior pressionava o então assessor de Bolsonaro a dar um golpe de Estado, segundo a Veja.

Em nota o Exército informou, a propósito da troca de mensagens entre Lawand Junior e Cid, que "opiniões e comentários pessoais não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força", destacando ser uma instituição de Estado e apartidária.

O Exército ressaltou que "eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial, observando o devido processo legal" e que, na esfera administrativa, "as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no âmbito da Força".

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