Lula promete ajudar Haiti a lutar contra falta de segurança e miséria da população



 

Em  reunião bilateral com o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que ele estabeleça uma lista de prioridades, para que o Brasil possa apoiar as demandas enquanto membro do Conselho de Segurança da ONU e também de forma bilateral.

O Brasil se comprometeu a ajudar o Haiti, um dos países mais pobres do planeta, a encaminhar demandas  na organização das Nações Unidas para equacionar o duplo problema que desespera os haitianos: a falta de segurança e as carências crônicas da população.

O Exército brasileiro esteve no comando da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) durante 13 anos, até seu encerramento em 2017. O legado da operação foi questionado.

De acordo com uma fonte do Itamaraty, Lula fez questão de se encontrar com Henry, para sinalizar à comunidade internacional que existem outras urgências no mundo, menosprezadas, aléme da guerra no coração da Europa. Na cúpula do G7 em Hiroshima, em maio passado, Lula já havia feito a advertência de que o mundo tem muitos conflitos não resolvidos. Parecemjusto que a américa cuide dos seus.

A maratona de quatro bilaterais do presidente Lula iniciou com o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, com participação do  chanceler Mauro Vieira, do assessor-chefe especial da presidência, Celso Amorim e de diplomatas do Itamaraty.

Com Ramaphosa, Lula falou sobre os preparativos para a cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), prevista para  22 a 24 de agosto, em Johanesburgo, na África do Sul.

Em agosto próximo, ocorre, também,  encontro de presidentes de países sul-americanos que compõem a Amazônia, no qual será preparada uma proposta para a COP 28, que será realizada no final do ano, em Dubai. “Certamente vamos conversar também com o Congo, com a Indonésia, para uma proposta única entre os países que ainda têm grandes florestas em pé. Queremos fazer disso não apenas um patrimônio ambiental, mas econômico para ajudar os povos que vivem nas florestas”, já adiantou Lula.

Ramaphosa também fez um relato a Lula dos encontros que teve na semana anterior ao encontro, com os presidentes Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, e Vladimir Putin, da Rússia. O sul-africano liderou uma missão de representantes de sete países de seu continente em busca da paz. O grupo teve a mesma percepção que teve Celso Amorim em suas visitas a Kiev e Moscou: Putin e Zelensky  estão aferrados a posições opostas extremas, com grande dificuldade para a imposição da paz.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, também se reuniu com Lula, em um contexto de reaproximação dos dois países depois de passarem cinco anos sem representação diplomática em Havana e Brasília, por opção dos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Segundo a reportagem do site Opera Mundioos temas tratados pelos dois estadistas foram as articulações dentro do G77, a coalizão de países em desenvolvimento dentro das Nações Unidas, atualmente sob a Presidência de Cuba, a cúpula amazônica, em agosto, a Presidência do Brasil no G20, em 2024, e a COP 30, em Belém. Díaz-Canel oficializou a homenagem ao Brasil na Feira do Livro de Cuba em 2024.

Lula encerrou a tarde de reuniões com o presidente da COP28, Sultan Ahmed Al-Jaber, dos Emirados Árabes Unidos. A atmosfera das conversas foi descrita como de “total cooperação” para o sucesso da conferência climática.


Almoço com Macron


O almoço de trabalho com o presidente Emmanuel Macron, na sexta-feira (23/06), no Eliseu, foi espaço para disucssões sobre o acordo União Europeia-Mersosul, tema sobre o qual Lula já havia antecipado a posioção brasileira

A França é o país com o qual o Brasil tem o maior programa de cooperação estratégica e uma fronteira em comum, na Guiana Francesa.  Lula e Macron devem reativar a cooperação científica e tecnológica, projetos ambientais, energéticos, de defesa e cultura.

Um dia após dizer, em Roma, que as exigências da União Europeia para ratificar o acordo de livre comércio com o Mercosul são “inaceitáveis”, Lula voltou assunto no evento em Paris, ao lado do  presidente Emmanuel Macron.  Após dizer que os acordos comerciais precisam ser mais justos, o presidente brasileiro declarou. “Estou doido para fazer um acordo com a União Europeia, mas não é possível a carta adicional que foi feita, fazendo ameaça a um parceiro estratégico. Nós vamos mandar a resposta, mas precisamos começar a discutir”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou das reuniões. Em entrevista à imprensa brasileira, Haddad disse acreditar que as negociações UE-Mercosul irão avançar, fazendo coro ao que declarara Lula: “tanto o Mercosul quanto a União Europeia têm que abrir mão dos seus perfeccionismos e protecionismos”. Na avaliação do ministro, o Brasil reafirmou todos os compromissos ambientais com o retorno de Lula à Presidência.



Nenhum comentário

Obrigada por seu engajamento

Tecnologia do Blogger.