Lula defende micro e pequenas empresas no acordo Mercosul-União Europeia

Micro e pequenas empresas responderam por R$ 17,3 bilhões das compras públicas apenas no primeiro semestre deste ano
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


Está bem definida a prioridade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas tratativas do acordo entre Mercosul e União Europeia: As micro e pequenas empresas ocupam espaço significativo no cenário das compras públicas governamentais. Elas responderam por aproximadamente um terço do total das compras públicas, totalizando R$ 17,3 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), de acordo com matéria publicada pela Folha de S. Paulo

“O tema das compras governamentais é crucial para o Brasil nas negociações do acordo Mercosul-UE, pactuado em 2019 pela então gestão de Jair Bolsonaro (PL). Isso porque o governo considera o mecanismo um instrumento para poder exercer suas políticas públicas voltadas ao desenvolvimento e à redução de desigualdades”, ressalta a reportagem da Folha.

Números do Sebrae mostram crescimento constante da participação de microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas no mercado de compras públicas nos últimos anos.  Do total de 566 mil fornecedores do governo, pequenos negócios correspondem a 66,8% do total.  

Entre os produtos licitados pela administração pública, destacam-se alimentos para merenda de escolas públicas, medicamentos e insumos hospitalares para o SUS (Sistema Único de Saúde), além de equipamentos da área de tecnologia. 

Em Bruxelas, no encontro UE-Celac, o presidente Lula ressaltou que as compras governamentais são um instrumento de desenvolvimento interno" para pequenas e médias empresas e que o Brasil não irá abrir mão desse potencial.

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