Polícia Civil resgata trabalhadores em situação análoga à escravidão, em Guaíba

Polícia encontrou trabalhadores em alojamento sem cama, apenas com colchões no chão, banho frio, comida crua e estragada -


A Polícia Civil resgatou seis trabalhadores da construção civil em situação análoga à escravidão, na quarta-feira (9/agosto), em Guaíba, RS. As vítimas, vindas da Bahia, de Minas Gerais, do Pará e Rio Grande do Sul, encontravam-se em condição precária. O empreiteiro que cooptou o grupo foi preso em flagrante.


O grupo recebera promessa de R$ 3 por metro quadrado de bloco construído, carteira de trabalho assinada, hospedagem e três alimentações diárias gratuitas. No entanto, denúncia encaminhada à delegacia de Guaíba, dava conta de que trabalhadores estavam em situação insalubre e com dificuldades de retornar a suas cidades de origem.  

Ao efetivar vistoria, os policiais encontraram um alojamento sem cama, apenas com colchões no chão, banho frio, comida crua e estragada. Sem sequer um copo ou caneca para beber, usavam uma garrafa pet cortada ao meio para tomar café.

 A polícia descobriu que o empreiteiro, autuado em flagrante, é reincidente. Ele já havia se envolvido em outros dois casos semelhantes em São Paulo, estado sede da empresa Alice Construções. Os seguranças também foram identificados, assim como a pessoa responsável por fornecer a alimentação.
 

O auditor fiscal do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Gerson Soares Pinto, acompanhou o resgate dos trabalhadores. “Configuramos a situação de trabalho análogo a de escravo”, frisou.

“Já foram calculadas as verbas rescisórias, cujos valores serão depositados na conta dos trabalhadores, que estão de partida para as suas cidades de origem”, destacou Gerson, informando que alguns já receberam novas oportunidades de emprego. Segundo o auditor fiscal, as vítimas receberam também o apoio da assistência social da Prefeitura de Guaíba. (Leia matéria completa no Brasil de Fato).

* Com informações da CUT-RS, do Sul21, do MTE e Brasil de Fato

Leia também:

Leia no Brasil de Fato:  



Nenhum comentário

Obrigada por seu engajamento

Tecnologia do Blogger.