Marina Silva: "Segurança alimentar, transição energética e combate ao desmatamento são caminhos para reverter o quadro crítico na Amazônia"





No dia em que o mundo celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, registrou sua preocupação em preservar a Floresta Tropical Amazônica e garantir um futuro digno para a população local.


Durante o profgrama Bom dia, Ministra, desta quarta-feira (09/08), Marina pediu reparação, reconhecimento e valorização dos povos originários e comunidades tradicionais.

A ministra destacou que 80% das florestas preservadas no mundo estão sob domínio das comunidades indígenas ou populações tradicionais, e que essa é justamente a parcela da sociedade mais ameaçada pelas mudanças climáticas e crimes ambientais. Para ela, o caminho de reversão desse quadro é mudar o modelo de desenvolvimento, por meio da transição energética do País, combatendo as desigualdades e garantindo vida digna para as pessoas que sofrem de insegurança alimentar.

“Nós estamos apostando muito na bioeconomia e na bioindústria. Precisamos gerar emprego e renda, mantendo a floresta de pé", destacou Marina Silva, lembrando, também, a retomada do programa Bolsa Verde, que vai beneficiar com pagamentos trimestrais as famílias que desenvolvam atividades de conservação dos ecossistemas em condições pactuadas com o Governo Federal, entre elas, assentamentos florestais, agroextrativistas e territórios ocupados por ribeirinhos, povos indígenas e quilombolas.

A edição do ‘Bom Dia, Ministra’ foi transmitida de Belém, no Pará, onde realizou-se a Cúpula da Amazônia. O evento reuniu representantes dos oito países que integram o bloco socioambiental da América Latina: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.


Desmatamento zero


Marina Silva destacou que a meta de zerar o desmatamento até 2030, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já está em andamento. "O Brasil já chegou a 29 mil km2 de área devastada, numa curva de crescimento fora de controle. Mas nos primeiros sete meses já conseguimos reduzir 42%. O Governo Federal trabalha incansavelmente em parcerias com instituições, governos estaduais e municipais para reverter ainda mais esse quadro", garantiu.

Segundo a ministra, o número de ações de fiscalização cresceu em quase 200%, com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O monitoramento é feito por um satélite capaz de emitir alertas precisos. “No mês de julho que, historicamente, é o mais crítico, houve uma queda de 66% do desmatamento nos municípios amazônicos", completou.

Atividades ilegais, como a exploração mineral, também estão na mira do Governo Federal. A expectativa é que os acordos celebrados na Cúpula da Amazônia ampliem as parcerias bilaterais.





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Por: Agência Gov

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