Irregularidades na Venda da Corsan: Bancada do PT Apresenta Evidências ao Ministério Público Estadual

.  Foto: Debora Beina


Na última semana, os deputados Zé Nunes, Miguel Rossetto e Stela Farias, juntamente com representantes do Sindiagua e da CUT-RS, entregaram ao Procurador-geral de Justiça Alexandre Saltz um documento contendo uma série de irregularidades na venda da Corsan. Entre os pontos destacados, estão contratações de consultorias sem licitação, conflitos de interesse, suspeitas de informações privilegiadas e erros intencionais na avaliação do valor da companhia.

Com base em auditorias do Tribunal de Contas do Estado, pareceres do Ministério Público de Contas e análises realizadas pelos próprios deputados petistas, o documento apresenta uma Notícia de Fato que aponta para as possíveis ilegalidades no processo de venda da Corsan. Um dos destaques são as contratações de consultorias, as quais violaram a Lei Estadual n°10.607 que estipula que tais contratações sejam realizadas por licitação. Ao menos 16 empresas foram contratadas sem concorrência pública, resultando em um gasto de mais de R$ 40 milhões.

Além disso, chama a atenção o caso da consultoria Alvarez & Marsal, que atendeu tanto a Corsan quanto a AEGEA antes do leilão, levantando suspeitas de conflito de interesses. Outro ponto crucial é a projeção de receitas equivocada realizada pelo Banco Genial, uma das consultorias contratadas. A companhia foi vendida por cerca de R$ 1,5 bilhão abaixo de seu valor real devido a essas distorções.

Miguel Rossetto, deputado do PT, enfatizou a gravidade das evidências apresentadas e classificou a tentativa de privatização da Corsan pelo Governo Leite como ilegal e imoral. O documento detalhado apresentado à Procuradoria demonstra a insustentabilidade da privatização e reforça a necessidade de anulação do leilão, destacando o prejuízo ao interesse público e o caso de improbidade administrativa apontado pela conselheira Ana Cristina Moraes.

A audiência com o Procurador-geral Alexandre Saltz representa um passo importante após a mobilização que uniu entidades e partidos políticos em prol da anulação do leilão. A investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul é aguardada para esclarecer as irregularidades e garantir a transparência e legalidade no processo de venda da Corsan.

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