Principais questões destacadas na CPI da Saúde na visão de seus integrantes

Na medida em que se aproxima o fim dos trabalhos da CPI da Saúde instalada em Caxias do Sul em 03 de julho último,  definem-se as principais questões que deverão compor o relatório, muitas das quais apontando convergência entre situação e oposição



Para Estela Balardin, relatora da CPI,  um dos objetivos  é fazer com que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) perceba a importância de romper-se o contrato de gestão da UPA Central com o InSaúde, entre outros motivos em função das irregularidades apontadas nas horas médicas, e que a SMS reveja a gestão no que diz respeito à atenção básica. "Temos diversos apontamentos de que há falta de médicos, de estrutura e carências, mas a secretária (da Saúde, Daniele Meneguzzi) diz que não há. Que o relatório sirva para que ela admita que há essa carência e que precisa ser repensada a forma de gestão da atenção básica. Para que a prefeitura possa repensar a forma de gerir a atenção básica em Caxias, argumenta a vereadora/relatora da CPI em entrevista ao Jornal Pioneiro.

Avaliação dos integrantes da CPI aglutina pontos comuns


Rafael Bueno (PDT), presidente, adianta: "Nós chamamos os hospitais, foram identificadas algumas situações, e também o InSaúde, que foi o motivador principal e o estopim da comissão. O que vemos de mais preocupante nisso foi esse escândalo nos pontos dos médicos, num período de pandemia."

Maurício Scalco (Novo), vice-presidente, justifica: "Identificamos algumas irregularidades na UPA Central, a necessidade de licitação em breve da UPA Zona Norte, os valores que estão sendo devolvidos pelos gestores da UPA Central, além do caso da maternidade do Pompéia. Está sendo um grande aprendizado a todos vereadores, pois todos assuntos relativos à saúde em Caxias foram analisados profundamente."

A relatora Stela Balardin (PT)  acenturea: "Levantamos diversos pontos sobre a gestão da atenção básica, a gestão do InSaúde na UPA Central, com uma fraude nas horas médicas, e a compra de materiais para a nova ala do Hospital Geral na empresa do então presidente da Fucs. Voltar os olhos para a melhoria da atenção primária e investimentos nessa área, e a revisão da gestão das nossas UBSs e da prevenção, é muito importante."

A vereadora Rose Frigeri (PT), destaca: "O descaso com a atenção básica, as fraudes, o não cumprimento e a não fiscalização dos contratos, as quarteirizações ou contratação de terceiros, que é proibida, a falta de repasses do Estado ao município, são os pontos centrais investigados pela CPI até agora.

Para o vereador Adriano Bressan (PTB): "As UPAs tentam fazer um bom trabalho, mas têm algumas dificuldades, mas também pelo excesso de pessoas que são atendidas. As UBSs não são tão procuradas como deveriam ser e acabam superlotando as UPAs, então há um problema cultural das pessoas. A construção (da nova ala) do Hospital Geral é uma situação ainda mal explicada, e a maternidade no Pompéia a gente não pode aceitar sem a responsabilidade de definir o que vai acontecer com os pacientes."

Olmir Cadore (PSDB)
, vereador, membro da CPI e presidente da Comissão da Saúde na Câmara, frisa:
"A CPI não agregou muito mais do que a gente já sabia. A discussão trouxe à tona o problema na irregularidade nas horas, foi o problema mais grave que discutimos, e evidenciou os problemas que o InSaúde trouxe a Caxias. No meu ponto de vista, o InSaúde não tem mais condições de continuar trabalhando, por todos os problemas evidenciados."

Alberto Meneguzzi (PSB), vereador destaca: "As duas questões mais importantes da CPI até agora são a questão da fraude nas horas médicas na UPA Central e a questão da Fucs (compra de materiais para obras no HG da empresa do então presidente da Fundação, José Quadros), que são um escândalo."

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