Educação antirracista na Escola Abramo Eberle fará história na cidade

 

A 2ª edição do projeto Consciência negra e os desafios para vencer o racismo e o preconceito na atualidade por meio da educação antirrascista, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Abramo Eberle mostrou que o que é bom pode ficar ainda melhor e, com certeza, entra na história da cidade.

A segunda edição do projeto iniciou com um ato simbolicamente poderoso. O Professor coordenador, Roberto Carlos Dias,  entrou de mãos dadas com cada turma, formando uma corrente humana que evoluiu para  um círculo, no centro do ginásio.  Em seguida, cada estudante ergueu a mão direita, com o punho cerrado,  atualizando o símbolo antirracista.



"Nossa mostra cresceu demais nesta segunda edição. Ficou gigante. Os alunos trabalharam os grandes cientistas negros nas mais diversas áreas do saber, líderes políticos negros, culinária, seleção de futebol do Senegal para mostrar atletas negros e pioneiros em bola de ouro, jogadores de futebol negros, atletas de basquete e vôlei, entre outros. Trabalharam ainda Zumbi e Dandara, racismo na atualidade, racismo estrutural e preconceito", comemora o professor e jornalista Roberto Carlos Dias.

 

   



Para abrilhantar essa segunda edição, vários artistas e intelectuais se somaram ao projeto. O ginásio ficou pequeno para acolher tanta gente. "Alunos e pais estavam emocionados demais", completa Roberto Carlos.

Na culinária, os estudantes fizeram canjica, cuscuz doce e salgado, feijoada, nega maluca... Nas artes e na cultura, exposição de máscaras, dança. Enfim, um espetáculo compoleto.


O cuidado do professor passou por trabalhar expressões racistas que ainda devem ser banidas banir do nosso vocabulário e pela análise, por exemplo, do filme Estrelas Além do Tempo, baseado em fatos reais das três primeiras matemáticas negras que chegaram à NASA.

Somando ao projeto a habilidade artística dos estudantes foram impressas centenas de máscaras africanas que eles coloriram, montando em seguida varais com barbantes em todos os corredores da escola. No dia 23 de novembro, ilustrando a Semana da Consciência Negra, a escola teve palestras sobre brasilidade e capoeira, seguidas de apresentações de capoeira e oficinas ministradas pelo professor e mestre Januário Passarinho, que é também ex-aluno da escola.

Roberto Carlos garante: "Deu muito trabalho, foi cansativo, mas gratificação com o resultado final não tem preço e valor que pague, porque somente através da Educação, da pesquisa e do conhecimento vamos transformar a sociedade para que seja mais justa e igualitária". 


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