Decidida exoneração de Alessandro Moretti, da Abin
Número 2 foi dispensado do cargo que exercia na Abin e o General Heleno chamado a depor
O diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti foi demitido ontem, 30 de janeiro. Diligências da PF indicaram que Moretti e outros integrantes da cúpula da Abin dificultavam as apurações e estariam agindo em acerto com servidores investigados. O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deve prestar depoimento no caso, uma vez que na época a Abin integrava a estrutura do GSI e era comandada por ele.
Com a saída de Moretti aumenta a pressão para que Lula demita a cúpula da Abin e reformule radicalmente o órgão. Diversos veículos de imprensas falam que ministros do STF cobram do presidente a substituição do diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa, responsável pela escolha de Moretti ao cargo, em coro com funcionários da agência.
Fica cada vez mais fortalecida a hipótese de que, mesmo fora da Abin, o atual deputado Alexandre Ramagem, com quem foram encontrados um telefone e um computador da Agência, continuava intermediando a entrega de informações à família Bolsonaro. A argumentação da Abin soa fraca: devolução dos equipamentos seria responsabilidade de Ramagem, a Agência não detectou falta do equipamento e o hoje deputado teria perdido acessso ao sistema, como se fosse impossível reverter esse quadro com auxílio de um(a) intermediário (a) com acesso, como ficou claro em diálogo publicado entre duas assessoras, uma de Ramagem e outra de Carlos B. para obter dados de inquéritos. A servidora diz a uma auxiliar de Ramagem que precisa "muito de uma ajuda", informa o número das investigações e acrescenta que elas envolveriam o "PR (presidente da República) e 3 filhos". Sete policiais federais que auxiliavam Ramagem no órgão foram afastados por determinação do STF.
Fica cada vez mais fortalecida a hipótese de que, mesmo fora da Abin, o atual deputado Alexandre Ramagem, com quem foram encontrados um telefone e um computador da Agência, continuava intermediando a entrega de informações à família Bolsonaro. A argumentação da Abin soa fraca: devolução dos equipamentos seria responsabilidade de Ramagem, a Agência não detectou falta do equipamento e o hoje deputado teria perdido acessso ao sistema, como se fosse impossível reverter esse quadro com auxílio de um(a) intermediário (a) com acesso, como ficou claro em diálogo publicado entre duas assessoras, uma de Ramagem e outra de Carlos B. para obter dados de inquéritos. A servidora diz a uma auxiliar de Ramagem que precisa "muito de uma ajuda", informa o número das investigações e acrescenta que elas envolveriam o "PR (presidente da República) e 3 filhos". Sete policiais federais que auxiliavam Ramagem no órgão foram afastados por determinação do STF.
Drama
A revista à casa de Calos Bolsonaro foi motivo de queixas exarcerbadas da família, com destaque para Eduardo Bolsonaro. Circularam na imprensa fotos de móveis com portas e gavetas abertas, além de alguns objetos colocados sobre um móvel, o que fez lembrar episódio em que a PF revistou a casa do Presidente Lula, revirando inclusive colchões e confiscando, até mesmo o ipad de um dos netos, uma criança com pouco mais de cinco anos de idade.
Carlos Bolsonaro prestou depoimento ainda ontem, na superintendência da PF no Rio. A audiência, porém não teve relação com a "Abin paralela", mas com postagem que o vereador fez em agosto de 2023 criticando a PF.
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