13ª Vara de Curitiba “teria movimentado somas que podem ir a R$ 10 bilhões”, diz Gilmar Mendes a site

Parte do dinheiro era enviada à PF, que “estava atrasada com a conta de luz“, diz ministro em entrevista que "autopsia"a operação sob Moro e Dallagnol, que “criou um outro Estado no Brasil“




Gilmar Mendes: “Agora, está se encerrando esses dias o trabalho de correição feito lá na 13ª Vara Federal, em Curitiba, um trabalho do ministro Luís Felipe Salomão, do STJ“

Jornalista:
“O que foi descoberto?“

Gilmar Mendes:
“Que a 13ª Vara teria movimentado somas que podem ir a R$ 10 bilhões“.

Jornalista:
“E onde está esse dinheiro?”

Gilmar Mendes:
“Esta é a grande pergunta. Eles mandavam dinheiro para a Polícia Federal, por exemplo“.

Jornalista:
“Por quê e com qual objetivo?”

Gilmar Mendes: “A PF estava atrasada com a conta de luz: eles mandavam dinheiro para pagar“.

O ministro  Gilmar Mendes (STF), fala sobre as irregularidades cometidas pela força-tarefa da ‘Operação Lava Jato‘ de Curitiba, que teve como nomes de frente o ex-juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil e que está à beira da cassação, e o ex-procurador Deltan Dallagnol, que se elegeu deputado federal pelo Podemos.

O ex-chefe da força-tarefa acabou tendo o mandato cassado por antecipar sua exoneração do Ministério Público, “em fraude à lei, se utilizando de subterfúgios para se esquivar de PADs (Processos Administrativos Disciplinares) ou outros casos envolvendo suposta improbidade administrativa e lesão aos cofres públicos, cuja gravidade dos fatos poderia levá-lo à demissão”, conforme resumiu o relator do processo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Benedito Gonçalves.

O trecho destacado acima está em uma entrevista do magistrado ao ‘Brazil Journal‘, que foi ao ar nesta quarta-feira (21/2), em que Mendes faz “autópsia” da operação que destruiu reputações em todo o Brasil, muitas delas injustamente, como no caso do Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Gilmar Mendes afirma que membros da Justiça “viram os abusos e nada fizeram”, além de criticar os próprios ministros do STF que sempre apoiaram as decisões de Moro que, segundo Gilmar, “descumpriu decisões” da Corte.

“Procuradores tentaram fazer [por meio de dez projetos de lei enviados ao Congresso] o que o AI-5 não conseguiu: cercear o habeas corpus”. registrou o ministro no portal, durante sua entrevista. Ele lembra que o então juiz federal aceitou convite para ser ministro do governo Bolsonaro antes do 2º turno da eleição de 2018. Em abril daquele ano, decretou a prisão de Lula, que, portanto, não pôde disputar a eleição.


O ministro decano do STF também fala da participação de agentes do governo americano e da troca de informações sem a anuência legal do Ministério da Justiça: “A Lava Jato criou não um outro Poder, mas um outro Estado no Brasil” diz o ministro.

Matéria completa em urbsmagna

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