A Polícia Federal (PF) ouve nesta quinta-feira (22/fevereiro) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo menos outras 14 pessoas no âmbito de investigação sobre a suspeita de tentativa de golpe de estado. Todos os depoimentos foram marcados para 14h30 e vão ser tomados em salas separadas, si multaneamente, o que evita a combinação nas declarações. Além disso, a PF deve adotar estratégia de intercomunicação in stantânea entre os delegados que tomarão os depoimentos.

Bolsonaro deverá ficar em silêncio durante o depoimento, mesmo após ter recebdio  acesso ao material das investigações, exceto o que não pode ser liberado por ainda ter investigação em andamento ou ser furto de delação premiada.

Por outro lado, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que vai depor e vai falar aos investigadores. Torres participa de oitiva na mesma data do ex-chefe. Ele adotará a estratégia de dizer que não há crime em suas falas em reunião gravada em junho de 2022 e anexada às investigações.

Foram convocados a depor:  
Jair Bolsonaro: ex-presidente

Augusto Heleno: general, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional

Braga Netto: general ex-chefe da Casa Civil

Anderson Torres: delegado ex-ministro da Justiça e Segurança Pública

Paulo Sérgio Nogueira: general, ex-ministro da Defesa

Marcelo Câmara – coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Marcelo Fernandes – ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral

Cleverson Ney Magalhães: coronel, ex-ofocial do Comando de Operações Terrestres

Almir Garnier: ex-comandante da Marinha

Valdemar Costa Neto: presidente do PL
Filipe Martins: ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência

Rafael Martins: major que era das Forças Especiais

Bernardo Romão: coronel do Exército

Estevam Theophilo, coronel do Exército (depoimento no Ceará)

Bolsonaro, aliados e ex-integrantes de seu governo foram alvos da Operação Tempus Veritatis, no dia 8 de fevereiro, com o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão. Eles são suspeitos de ter organizado uma tentativa de golpe no Brasil para reverter o resultado das eleições e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Parte das provas reunidas na investigação tem basde em material encontrado em aparelhos eletrônicos do ex-chefe da ajudância de ordem de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que fechou acordo de delação premiada.

Um dos principais pontos a ser abordado no depoimento na PF é a chamada “minuta do golpe“, documento com o texto para uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), suposta  justificativa  legal para um golpe de Estado e a realização de novas eleições.

Bolsonaro teria recebido a minuta e pedido alterações. O ex-assessor Filipe Martins teria recebido os pedidos de alteração do texto direto de Bolsonaro. Os ajustes no texto da minuta também são citados em mensagens entre Mauro Cid e o ex-comandante do Exército.

Os depoentes também terão que esclarecer  reuniões com teor golpista, narradas por Cid na delação, e com a dinâmica confirmada pela PF com a quebra de sigilo telefônico de investigados.

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