Hamas acusa Israel de atacar civis que formavam fila por ajuda humanitária em Gaza
O grupo terrorista contra o qual Israel está em guerra há quase cinco meses afirmou que ao menos 70 pessoas morreram e que outras 250 ficaram feridas. Vídeos feitos pelas próprias vítimas evidenciam ao mundo verdadeira carnificina. Israel ultrapassou a "linha vermelha"
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A facção palestina Hamas acusou as Forças de Defesa de Israel de dispararem contra centenas de civis que aguardavam em fila para receber ajuda alimentar em uma região próxima à Cidade de Gaza, a principal da faixa homônima, na manhã desta quinta-feira (29/fevereiro).
O grupo terrorista contra o qual Israel está em guerra há quase cinco meses afirmou que ao menos 70 pessoas morreram e que outras 250 ficaram feridas. Em um comunicado, acusou Israel de "uma guerra genocida" e de cometer "assassinatos em massa e uma limpeza étnica".
Porta-vozes militares de Israel, por sua vez, afirmaram que o episódio de violência partiu dos próprios palestinos. De acordo com as Forças de Defesa, civis começaram a saquear o caminhão de ajuda e a se empurrar, deixando pessoas feridas. Citada pela agência de notícias Reuters, uma fonte militar disse que, acuadas e se vendo sob ameaça, as tropas teriam aberto fogo "contra várias pessoas" da multidão, o0 que se pode ver em diversos v ídeos que circulam pela Internet.
Ainda no comunicado, o Hamas pediu que todos os cidadãos de nações árabes e islâmicas protestem "contra o massacre do povo palestino" e pressionem seus respectivos governos para que tomem uma posição "contra crimes de guerra israelenses".
Em comentários separados e comloventes, o alto comissário de direitos humanos da ONU, o austríaco Volker Türk, disse que crimes de guerra foram cometidos por todas as partes no atual conflito no Oriente Médio.
"Ja passou da hora de paz, investigacao e responsabilizacao", disse ele ao Conselho de Direitos Humanos da organização em Genebra.
Turk apresentava um relatório sobre a situacao dos direitos humanos em Gaza e na Cisjordania ocupada e disse que seu escritório registrou "muitos incidentes que podem constituir crimes de guerra pelas forcas israelenses" e que ha indicacoes de que tropas de Israel se envolveram em "ataques indiscriminados ou desproporcionais".
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