Líderes da América Latina defendem Lula após fala corajosa contra governo de Israel

Presidente brasileiro é reconhecido como verdadeiro líder do Sul Global após abrir discussão mundial sobre o massacre de palestinos promovido pelo Estado israelense

Líderes mundiais, principalmente da América Latina, começaram a expressar apoio e solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da declaração em que comparou o massacre de palestinos promovido pelas forças militares israelenses na Faixa de Gaza ao morticínio de judeus encampado pelo regime nazista de Adolf Hitler.

"O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não tem precedentes na história. Na verdade, tem. Quando Hitler decidiu exterminar os judeus".

As críticas à declaração do presidente brasileiro concentraram-se, principalmente, no governo de Israel, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em uma parcela da mídia nacional e na oposição ao governo Lula no Congresso. Netanyahu, ao lado do presidente israelense Isaac Herzog, conclamou os líderes mundiais a rejeitarem a comparação entre o genocídio em Gaza e o Holocausto. Diga-se, porém, que Lula não mencionou a palavra Holocausto e que o apelo não obteve resposta até o momento, mesmo transcorridos três dias após a declaração.

Pelo contrário, ações de lideranças globais em relação às ações de Israel em Gaza parecem indiretamente apoiar a declaração do presidente brasileiro.  O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, por exemplo, afirmou que 26 dos 27 países do bloco pedem "uma pausa humanitária imediata que leve a um cessar-fogo sustentável" em Gaza. Mesmo os EUA, aliados de Israel. vêm falando na necessidade de um cessar-fogo.

Na América Latina, líderes e chefes de Estado manifestam-se de forma mais direta sobre a declaração de Lula, acenando apoio ao presidente brasileiro, reconhecido como verdadeiro líder do Sul Global após pautar discussão necessária no mundo sobre o massacre de palestinos promovido pelo Estado israelense.

Entre os dias 19 e 20 de fevereiro, houve pelo menos cinco manifestações de apoio a Lula vindas de lideranças e chefes de Estado da região. São eles: Gustavo Petro, presidente da Colômbia; Miguel Díaz-Canel Bermúdez, presidente de Cuba; Nicolás Maduro, presidente da Venezuela; Evo Morales, ex-presidente da Bolívia; e José Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai se manifestaram.


Gustavo Petro, presidente da Colômbia – Expresso minha total solidariedade ao Presidente Lula do Brasil. Em Gaza há um genocídio e milhares de crianças, mulheres e idosos civis são cobardemente assassinados. Lula só falou a verdade e defende-se a verdade ou a barbárie nos aniquilará. Toda a região deve unir-se para acabar imediatamente com a violência na Palestina. A decisão do Tribunal Internacional de Justiça sobre Israel deve gerar aplicação e consequências nas relações diplomáticas de todos os países do mundo.
 
Miguel Díaz-Canel Bermúdez , presidente de Cuba – Toda a nossa solidariedade vai para o querido irmão Lula, presidente do Brasil, declarado persona non grata em Israel pela sua sincera denúncia do extermínio da população palestina em #Gaza. Aplaudimos e admiramos sua bravura. Você sempre estará do lado certo da história.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela – "Hitler foi uma construção, um monstro criado pelas elites ocidentais... Como disse o presidente Lula da Silva, o governo israelense está fazendo a mesma coisa com os palestinos que Hitler fez com os judeus: eliminando-os".
 
Evo Morales, ex-presidente da Bolívia – A nossa solidariedade ao irmão Lula, injustamente declarado persona non grata, por defender a vida e a dignidade do povo palestiniano face ao genocídio em Gaza levado a cabo pelo Estado de #Israel . Ser declarado persona non grata por um governo genocida que comete massacres contra crianças é um privilégio que reafirma o compromisso com a vida e a paz perante a comunidade internacional e os povos do mundo.



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