CGU, Polícia Federal e Receita Federal apuram desvio de recursos no Pará
Operação Plenitude investiga contratação de empresa suspeita da prática de lavagem de dinheiro e fraude em licitação
CGU – A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta terça-feira (30/abril), da Operação Plenitude. O trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal do Brasil (RFB). O objetivo é apurar crimes relacionados a lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos praticados por suposta organização criminosa centrada em uma empresa com décadas de atuação no estado do Pará.
A Operação Plenitude consiste no cumprimento de 46 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de ativos da ordem de R$ 1,7 bilhão. As diligências ocorrem em Miguel do Guamá, além de Barueri (SP). O trabalho conta com a participação de 10 servidores da CGU, 13 da Receita e 152 policiais federais. Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, entre outros.
Investigações
A Polícia Federal iniciou a investigação a partir da suspeita de lavagem de dinheiro com fortes elementos de desvio de recursos públicos, indicando a atuação de uma organização criminosa formada por pessoas físicas, incluindo servidores públicos, que utilizavam uma rede de empresas com indicativo de serem de fachada.A principal empresa envolvida na investigação atua no Pará prestando serviços de engenharia sanitária e rodoviária para entes públicos há décadas, sendo um dos maiores credores de entes públicos no estado. Foram constatadas Movimentações atípicas de R$ 1,7 bilhão no período de 2017 a 2022.
Por meio de trabalho realizado pela CGU, identificaram-se licitações e contratos relacionados com a principal empresa investigada que foram financiados com recursos federais, sobretudo da área da saúde, nos quais foi detectada potencial restrição da competitividade e habilitação irregular da vencedora.
Fala.BR
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.O cadastro deve seguir, ainda, as seguintes orientações: No campo “Sobre qual assunto você quer falar”, basta marcar a opção “Operações CGU”; e no campo “Fale aqui”, coloque o nome da operação e a Unidade da Federação na qual ela foi deflagrada.
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