Negociações para Acordo União Europeia-Mercosul seguem com apoio amplo do governo brasileiro

Negociações para Acordo União Europeia-Mercosul seguem com apoio amplo do governo brasileiro
Assunto foi tema de discussões em encontros com líderes europeus, em cúpulas de nações e tem impacto significante na economia brasileira

Acordo entre Mercosul e União Euro´peia é tema constante nas discussões do governo brasileiro nos fóruns globais (Arte: MRE)

Assunto de primeira importância para o Brasil no cenário internacional, o Acordo União Europeia-Mercosul continua sendo construído e debatido para sua celebração. Diferentemente do repercutido em peças de desinformação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tratou sobre o tema com líderes da Espanha, Alemanha e França.

O presidente da república também tratou sobre o acordo na Cúpula para o Novo Pacto Financeiro, ocorrido em Paris, em junho de 2023. O acordo também foi levantado pelo presidente na Cúpula entre a União Europeia e a CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), ocorrida em Bruxelas julho de 2023. Além disso, ambos os blocos reafirmaram a intenção de concluir as tratativas em comunicado conjunto.

Durante o 8º Fórum Econômico Brasil-França, ocorrido em março deste ano na cidade de São Paulo, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse ao presidente francês, Emmanuel Macron, que as parcerias entre blocos econômicos devem gerar ganhos para ambos os lados.

Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluiu que o Acordo União Europeia-Mercosul beneficiaria o Brasil em termos de aumento do produto interno bruto (PIB), de investimentos e de ganhos na balança comercial. Entre 2024 e 2040, o acordo provocaria um crescimento de 0,46% no PIB brasileiro – o equivalente a US$ 9,3 bilhões a preços constantes de 2023 –, em relação ao cenário de referência. O estudo mostra também que, em termos relativos, o país obteria ganhos maiores que os da União Europeia (aumento de 0,06% no PIB) e dos demais países do Mercosul (alta de 0,20%).

As negociações entre os dois blocos duram 25 anos e a Comissão Europeia reiterou o interesse em concluir o acordo. Os autores do estudo do IPEA consideraram como referência os dados e projeções de PIB feitas pelo Fundo Monetário Internacional para os anos de 2014 a 2026. Até 2040, as taxas de crescimento do último ano foram replicadas.

O acordo aumentaria os investimentos no Brasil em 1,49%, na comparação com o cenário sem a parceria. Nesse sentido, a exemplo do PIB, o Brasil também teria vantagens substancialmente maiores do que a União Europeia (0,12%) e os demais países do Mercosul (0,41%). Na balança comercial, o país teria um ganho de US$ 302,6 milhões, ante US$ 169,2 milhões nos demais países do Mercosul e queda de US$ 3,44 bilhões na União Europeia (UE), com as reduções tarifárias e concessões de cotas de exportação previstas.



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