Auxílio Reconstrução: mais de 34 mil famílias gaúchas recebem o benefício na quinta-feira (30/maio)

Foto: Joaquim Moura / Secom / PR
O ministro Paulo Pimenta (Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul) durante a coletiva de imprensa 
para detalhar as ações federais no estado. 


Primeiro lote de pagamento dos R$ 5,1 mil já foi transmitido à Caixa Econômica. Em outra frente, Defesa Civil registra mais de 431 planos de trabalho para ajuda humanitária e reconstrução



Secom – O primeiro lote de pagamento do Auxílio Reconstrução será repassado nesta quinta-feira, 30 de maio, a 34.196 famílias do Rio Grande do Sul que foram afetadas pelas enchentes. A informação para pagamento já foi transmitida à Caixa Econômica Federal, responsável pelo repasse dos R$ 5,1 mil a cada família. O investimento do Governo Federal nessa primeira leva será de R$ 174 milhões.
Na medida em que as listas forem chegando das prefeituras, serão disponibilizadas no site e, tão logo as pessoas validem as informações sobre as famílias, o prazo é de 48 horas para o dinheiro estar na conta.

Em coletiva de imprensa no fim da tarde desta terça-feira, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, explicou que a ideia do governo é ter pelo menos duas listas por semana para agilizar os repasses. “Na medida em que as listas forem chegando das prefeituras, serão disponibilizadas no site e, tão logo as pessoas validem as informações sobre as famílias, o prazo é de 48 horas para o dinheiro estar na conta”, afirmou Pimenta, ao lado de outros ministros que atualizaram as ações federais no estado.


O ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), destacou que há famílias habilitadas para receber que ainda não confirmaram os dados. O valor de R$ 5,1 mil é autorizado mediante a confirmação por meio do site oficial do Auxílio Reconstrução, utilizando sua conta do Gov.br. “Nós temos 10.392 famílias que ainda não confirmaram os dados. Nós não vamos esperar todas as famílias confirmarem. Se hoje fechou uma quantidade, encaminhamos à Caixa para pagamento”, disse Waldez.

O titular do MIDR ainda enfatizou que as prefeituras não precisam reunir informações de todos os moradores logo de início. O envio de dados pode ser gradativo. “Queria pedir que prefeitos e prefeitas continuem na força-tarefa: identificar a área atingida, informar no sistema as famílias dentro dessas áreas. É importante continuar”, disse o ministro, ressaltando que os primeiros lotes com informações de famílias da capital, Porto Alegre, foram incluídos pela prefeitura nesta terça-feira.

Waldez e Pimenta sobrevoaram pela manhã a região metropolitana de capital gaúcha, e ressaltaram que ainda há muitos pontos de inundação. O trabalho de escoamento das águas é reforçado por 40 bombas de sucção que vieram de diversos governos estaduais a partir de logística articulada pelo Governo Federal.

Nesta quarta-feira, a partir das 10h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia novas medidas de apoio à população e à reconstrução do Rio Grande do Sul. Estarão presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), o presidente do Incra, César Aldrighi, e o diretor presidente da Finep, Celso Pansera.



BALANÇO 

Segundo a atualização do fim da tarde desta terça pela Defesa Civil, há 471 municípios afetados pelos efeitos das chuvas no estado. São 48 mil pessoas em abrigos e 581 mil desalojados. Há 169 mortes confirmadas e 50 desaparecidos, além de 806 feridos.


PLANOS DE TRABALHO  

Sobre os planos de trabalho e ajuda humanitária, restabelecimento e reconstrução, Waldez afirmou que, em três semanas, foram aprovados 431 planos. “Majoritariamente para ajuda humanitária e restabelecimento, mas já temos 42 planos de trabalho de reconstrução no âmbito do MIDR, muitos desses dos governos municipais e outros do governo do estado”, afirmou. Entre os planos, está a prioridade do esgotamento da água dos municípios da região metropolitana e limpeza pública. “Para a gente é fundamental tirar a água e ir limpando cada bairro em que vá sendo permitida a limpeza”, disse Waldez.

BUSCA  ATIVA  

O ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) destacou o pagamento da folha extra do Bolsa Família nesta quarta-feira, 29 de maio. Serão 21.681 novas famílias do Rio Grande do Sul que preenchem os requisitos para entrada no programa e foram incluídas por meio de ações de busca ativa no estado. O investimento do Governo Federal é de R$ 15,6 milhões. “Estamos trabalhando com dois olhares: na parte humanitária, a transferência de renda, o trabalho com o Busca Ativa, em que, olhando a realidade do Rio Grande do Sul, muitas pessoas perderam não só a moradia ou tiveram que sair da moradia, mas deixaram uma vida, atividades, negócios, um emprego, portanto, a renda”, disse o ministro.

Esse é o primeiro bloco de pessoas aprovadas e que a busca ativa irá continuar. “Em abrigos ou em famílias acolhedoras, essas pessoas estamos fazendo uma avaliação, família a família. Algumas já estavam no CadÚnico, outras não. Sabemos que há outras famílias não alcançadas”, afirmou o titular do MDS. O ministro também destacou o pagamento antecipado do Bolsa Família do mês de maio, que chegou a mais de 619 mil famílias gaúchas, e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), voltado a pessoas com deficiência e idosos de famílias em condição de vulnerabilidade. O valor do repasse pelo Governo Federal foi de R$ 416 milhões para o Bolsa Família e de R$ 136 milhões para o BPC. Wellington Dias também mencionou que há um trabalho em conjunto com a coordenação de saúde mental do estado do Rio Grande do Sul para fornecer apoio psicológico e psiquiátrico, para prevenir problemas de saúde mental, como depressão, que podem surgir durante e após esse período.

SEGURANÇA ALIMENTAR  

O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, ressaltou uma ação coordenada com o Ministério de Minas e Energia e os sindicatos de empresas de gás garantiu o fornecimento de gás de cozinha para todas as cozinhas solidárias do Rio Grande do Sul por três meses. “Uma ação de diálogo com os sindicatos das empresas de gás do Brasil que já está rodando na sua plenitude, em todas as cozinhas do Rio Grande do Sul, com a destinação por três meses de gás de cozinha para que os movimentos sociais organizados continuem o trabalho de alimentar as pessoas que precisam”, destacou Macêdo. Ele destacou a instalação do Fórum de Participação Social, iniciativa para permitir que os movimentos sociais participem da construção de políticas públicas e ajudem a ampliar a rede de solidariedade da sociedade civil.

SETOR ELÉTRICO 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira atualizou o quadro do setor elétrico, que chegou a ter 570 mil unidades consumidoras sem energia, o equivalente a 2 milhões de pessoas. Ele destacou o envio de mais de 100 profissionais especializados em redes subterrâneas na semana passada e o trabalho que envolve mais de quatro mil pessoas do setor elétrico no estado. “Graças a isso, conseguimos restabelecer a energia de mais de 400 mil unidades consumidoras. Mais de 1,5 milhão”, disse o ministro. Ele destacou que para as unidades restantes o trabalho terá um novo ritmo, pois boa parte dos locais estão em áreas de alagamento. “Naturalmente esse ritmo vai ser cuidadoso, até porque a segurança no restabelecimento de energia é fundamental que seja feita de forma criteriosa”, disse. Silveira também destacou que mais de 92% do fornecimento e distribuição de gás de cozinha foi restabelecido e enfatizou a importância da coordenação entre Governo Federal e estadual para garantir a recuperação e o restabelecimento dos serviços essenciais.


CIDADES  

O ministro das Cidades, Jader Filho, enfatizou que, até o momento, apenas 66 municípios em estado de emergência forneceram informações sobre as necessidades habitacionais, em formulário disponibilizado no site do Ministério das Cidades. Jader afirmou que, quanto mais rápido houver o envio, mais rápido poderão iniciar o processo de reconstrução e aquisição das novas moradias. “O quanto antes a gente tiver acesso às informações dessas casas destruídas, o quanto antes a gente vai conseguir iniciar o processo de construção, de aquisição das casas, para que a gente possa tirar as pessoas dos abrigos e dar a resposta que a população espera”.

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