Empregados e empregadores enfrentem problema comum: como voltar a trabalhar


Não há na legislação trabalhista,  indicativo de solução para a questão que os gaúchos enfrentam com a calamidade pública que abalou o estado


Na quarta-feira (29/maio), o governo federal anunciou mais medidas de apoio ao RS, incluindo companhias gaúchas. O anúncio contempla uma linha de financiamento com até R$ 15 bilhões em recursos, para empresas, independentemente de porte. O programa deve ter recursos para compra de máquinas, equipamentos e serviços e financiamento a empreendimentos, incluindo obras, com limite de R$ 300 milhões por operação, entre outros benefícios.

A medida vem na esteira de situação que se agrava sistematicamente: a situação daqueles trabalhadores que não encontram condições de retorno aos seus locais de trabalho, seja por conta do estado em que se encontram as companhias empregadoras, seja por suas condições de pessoais retomada trabalho.

Não existe na legislação trabalhista ponto de referência para a solução da questão, a exemplo do que o país enfrentou no período da Covid 19. A palavra de ordem é bom senso. Desastres naturais não integram a lista de legal de justificativa para faltar ao trabalho. 

As discussões/sugestões de especialistas têm girado em torno de sugestões como adoção de banco de horas, flexibilização de jornada,  adoção de teletrabalho, adoção de regime de horas extras diferenciado e  antecipação – individual ou coletivas – de férias, recomendações  endossadas pelo Ministério Público do Trabalho/RS ao lado de muito bom senso. 

Documento  expedido pelo Ministério Público do Trabalho/RS destaca, ainda, que seja privilegiado “o diálogo social prévio na implantação de medidas de impacto aos trabalhadores e medidas trabalhistas alternativas, com objetivo de estimular as negociações e composições coletivas, para viabilizar a adequação aos diversos setores de atividade econômica, localidades e peculiaridades regionais”.

Atestado da Defesa Civil

Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Eldorado do Sul, Harmonia, Montenegro, Novo Hamburgo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí e Venâncio Aires e alguns outros municípios  passaram a emitir um Atestado da Defesa Civil.  O Ministério do Trabalho/RS e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) orientam que as prefeituras adotem esse procedimento. A medida visa a preservar a remuneração de emporegados que se encointram desalojados/desabrigados ou com problemas de deslocamento/acesso ao local de trabalho. O fato é, porém, que as situações são analisadas caso a caso.

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