É fácil entender o VET 46 e porque a direita não quer tipificar as fake news como crime
Este texto destaca a essência de matéria publicada (leia a íntegra) no
site Urbs Magna que analise e sintetiza matéria do Jornal O Estado
de São Paulo. A matéria permite um link com [e pode explicar]
evento recente (28/m aio), quando o Congresso Nacional manteve o veto do
ex-presidente Jair Bolsonaro à tipificação de crimes contra o Estado
democrático de direito, entre eles, a criminalização das fake news nas
eleições (VET 46/2021).
“Durante uma audiência na Câmara dos Representantes daquele país, entre a gravação de um vídeo e outro”, os deputados alardearam “que aqui haveria “perseguição” e “censura” contra opositores” do Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “sob o tacão de uma assim chamada “ditadura do Judiciário“.
O jornalão lembra que já ter desmentido isso em editorial e lamenta que “a verdade factual é irrelevante para o bolsonarismo“.
A Estadão afirma que Jair Bolsonaro (PL), “vive de abastardar o conceito de liberdade de expressão para levar a cabo uma campanha de desinformação e desqualificação de adversários políticos e instituições democráticas, particularmente o Supremo Tribunal Federal ( STF).
São mentirosos e trapaceiros os nove parlamentares que embarcaram na excursão infame: “os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL- MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Marcos Pollon (PL-MS), Filipe Barros (PL-PR), Cabo Gilberto Silva (PL- PB) e Rodrigo Valadares (União-SE), além do senador Eduardo Girão (Novo-CE), cita o jornal.
Sobre a natureza dos gastos realizados às expensas dos contribuintes, nenhum dos parlamentares se dignou a responder, em inequívoca demonstração de descaso com a sociedade, pontua o Estadão. A exceção fica por conta do deputado Gayer que enviou ao jornal “uma receita de bolo“.
Sobre a atitude de Gayer, o ‘Estadão‘ explica que, com os envios, ele repetiu o que o jornal fez “durante um dos períodos mais violentos da ditadura militar, em 1973“, quando, juntamente com “o Jornal da Tarde (JT), foram impedidos de publicar aquilo que o regime preferia manter ao abrigo do escrutinio público” e, “como forma de protesto contra a censura“, a qual destacou para os leitores bolsonaristas que “esta, sim, real e violenta“, os editores passaram “a publicar poemas no espaço reservado aos textos censurados pelos militares e o JT, receitas culinárias“.
“Foi a isso que o sr. Gayer aludiu com sua infame resposta a este jornal, bem ao gosto do cinismo bolsonarista“, escrevem os editorialistas. “Agindo dessa forma indigna, o sr. Gayer se engana se acredita estar ridicularizando a história de resistência do Grupo Estado. E nem teria como fazê-lo, pois oito anos antes de ele nascer os jornalistas desta casa já lutavam contra as barreiras à liberdade de imprensa impostas por uma ditadura que ele nem conheceu e pela qual nutre escancarada simpatia“.
Por fim, o ‘Estadão‘ conclui, ainda que tardiamente, que “o sr. Gayer, a bem da verdade, debocha mesmo é do Congresso Nacional. E debocha mesmo, e principalmente, dos eleitores goianos que o honraram com um mandato parlamentar“.
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