Lula participa da inauguração de planta de etanol de 2ª geração

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula na visita à planta de produção de etanol de 2ª geração no 
Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP) 

 

“Brasil é o país que mais pode ofertar energia limpa“, diz Lula na inauguração da planta de etanol de 2ª geração. Ele destacou o protagonismo brasileiro no processo de transição energética mundial e o empenho para viabilizar exportação do E2G, tecnologia com pegada de carbono 80% menor que a gasolina comum


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da inauguração da nova planta industrial de etanol de 2ª geração (E2G) da Raízen, na sexta-feira, 24 de maio, no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP). O empreendimento, que recebeu investimento de R$ 1,2 bilhão, é considerado o maior do mundo da tecnologia, com capacidade estimada de produção de 82 milhões de litros de etanol por ano, em linha com a crescente demanda global por soluções sustentáveis.

"E quando eu venho aqui em Guariba visitar uma planta e, aí, eu vejo que aquele monte de bagaço de cana-de-açúcar é capaz de produzir um combustível tão extraordinário que custa no mercado exterior o dobro do que custa etanol, eu fico me perguntando: o que esse país está esperando para ofertar ao mundo?”, declarou o presidente Lula no evento de inauguração da unidade.

 

Lula ressaltou, também,  o protagonismo do Brasil no processo de transição energética mundial, em um contexto de crise climática. “Vamos valorizar as coisas que nós temos porque o mundo está passando por uma fase hoje que é a questão da transição energética. Quem não acreditava pode acreditar, a questão climática é grave. A natureza está se manifestando em vários países e o aquecimento global é uma verdade. E qual é o país que tem mais possibilidade de descarbonizar o planeta do que nós?”, indagou.

 

EXPORTAÇÃO  

Na ocasião, Alckmin salientou que o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, encaminhado ao Congresso Nacional pelo Governo Federal, pretende estimular a produção de etanol e outros biocombustíveis no país, para atender a demanda de substituição de combustíveis fósseis por renováveis. “Para trocar o querosene de todos os aviões do mundo, o caminho é o etanol de segunda geração, porque ele terá uma pegada de carbono menor e competitiva. Vai ter que trocar o combustível dos navios e o etanol pode levar ao e-metanol e o Brasil estar na liderança do combustível da navegação marítima. Se fala em carro híbrido e, de novo, o etanol com o elétrico. E no etanol dando hidrogênio verde através do reformador, ou seja, você põe o etanol, ele vira hidrogênio e o carro tem a sua propulsão”, argumentou.

TECNOLOGIA 

O presidente da Raízen, Ricardo Mussa, destacou a importância da tecnologia, a qual considera uma das soluções para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Ele avalia que o Brasil, com a matriz energética mais limpa do mundo, tem todas as condições para liderar o processo de descarbonização global em curso. “Eu falo ‘o nosso E2G’ porque a tecnologia do etanol de 2ª geração é uma tecnologia proprietária, brasileira, patenteada. Ela representa uma das maiores inovações que a gente teve no setor sucroalcooleiro e no setor de biocombustível nos últimos anos. Foram mais de 15 anos de investimentos para a gente poder estar aqui hoje e falar do etanol de 2ª geração”, disse.

O etanol de 2ª geração se diferencia por usar o bagaço proveniente da produção do açúcar e etanol comum para produzir mais etanol. O reaproveitamento, que também envolve ingredientes como palha e outros elementos residuais, proporciona aumento de até 50% na produção, sem aumento de área plantada, e índice 30% menor de emissão de gases de efeito estufa. Cerca de 70% dos equipamentos para o processo de transformação do E2G são produzidos no Brasil. A pegada de carbono é 80% menor que a gasolina comum.


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