No Rio Grande do Sul, ação integrada do governo federal prioriza entrega de alimentos e medicamentos

O transporte aéreo desses itens será priorizado pela Força Aérea Brasileira 

Em seguida, foco será no envio de cobertores e colchões, tendo em vista queda de temperatura 

Secom – O governo Federalk enviou  83,3 mil ampolas de medicamentos para intubação orotraqueal pelo Ministério da Saúde na sexta, insumo essencial para a segurança na terapia intensiva de pessoas com insuficiência respiratória. Em ação correlata, as equipes de Saúde do Governo Federal já garantiram a aplicação de 21 mil doses da vacina contra a Influenza em abrigos do estado.

O estado vai receber mais 10 mil unidades da Caderneta da Criança - Passaporte da Cidadania. O livreto, entregue nas maternidades no nascimento de crianças, é usado pelas famílias e por profissionais como registro abrangente da saúde até os nove anos de idade. A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) é a responsável pelo envio do material ao estado para distribuição. O objetivo da ação é fazer a reposição das cadernetas perdidas pelas famílias por conta da tragédia climática. Serão cinco mil cadernetas na versão menino e 5 mil na versão menina. O quantitativo emergencial foi solicitado pelo estado.

 
Ainda, cerca de 700 toneladas de alimentos devem ser encaminhados ao estado nos próximos dias. O transporte aéreo será articulado pela Força Aérea Brasileira, e a distribuição no Rio Grande do Sul ocorrerá de forma mais descentralizada. Os Correios se somam à parceria. A finalidade é que a entrega seja acelerada, sem obrigatoriamente ter que passar por Porto Alegre para posterior distribuição. Em seguida, o foco será no envio de cobertores e colchões, tendo em vista a queda de temperatura na região.

DUAS MIL HORAS DE VOO 

Em atuação no estado desde os primeiros dias das fortes chuvas, as Forças Armadas trabalham no salvamento de vidas, com o resgate e o deslocamento de pessoas e de animais. Na sexta-feira (24/maio), o esforço aéreo total alcançou as 2 mil horas de voos, tendo realizado mais de 6.400 resgates. 

Atualmente, são 48 aeronaves militares nas ações de apoio e outras 80 aeronaves, de diversas agências. O trabalho dos 22 mil militares brasileiros mobilizados já resgatou mais de 70 mil pessoas e inclui outras operações táticas, como o apoio em comunicações, a coordenação das agências de transporte aéreo, marítimo, terrestre e ferroviário de pessoal, material e donativos, a desobstrução de vias e a retirada de entulho, o patrulhamento em áreas de infraestruturas críticas, entre outras ações.

PLANOS DE TRABALHO  

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional recebeu e aprovou 371 planos de trabalho, de 199 municípios, que representam o repasse de R$ 286 milhões. Desse valor, R$ 135 milhões foram especificamente para a assistência humanitária e já foram repassados aos municípios. O valor é aplicado, principalmente, para garantir ações emergenciais previstas e executadas pelos órgãos municipais de Defesa Civil.

SAÚDE - Para o atendimento em saúde da população afetada, estão em funcionamento 11 hospitais de campanha, instalados pelo Ministério da Saúde e Ministério da Defesa. Mais de 10.700 atendimentos já foram realizados. Pelo Centro de Operações das Forças Armadas, 21.391 pessoas foram vacinadas em abrigos. Além do atendimento nos locais, os profissionais de saúde realizam remoções aéreas e atendimentos em unidades móveis. Os hospitais funcionam em Estrela, Eldorado do Sul, Canoas, Guaíba, São Leopoldo, Porto Alegre e Rio Grande. O 12º hospital deve entrar em funcionamento na próxima semana.

Segundo o balanço de sexta-feira, atualizado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul às 18h, o número de municípios afetados no estado é de 469. São 63.918 pessoas em abrigos, 581.638 desalojados e 2,34 milhões de pessoas afetadas. Nas últimas 24 horas, não houve o registro de novos óbitos, mantendo-se o número de 163 mortes. Há 806 feridos e 63 desaparecidos. O número de pessoas resgatadas supera 83,5 mil e de animais, 12,4 mil.

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