“A coisa vai começar a prosperar” quando o BC se harmonizar com os Três Poderes, diz Haddad


Fala foi registrada antes da decisão do Copom, de manter a Selic a 10,5%. Depois, Gleisi Hoffmann chamou Campos Neto de bolsonarista e Lula afirmou que quem perde é o povo



Urbs Magna – Após a manutenção da taxa de juros Selic no patamar de 10,50% ao ano, um vídeo com uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), viraliza nas redes sociais, dando o tom da “perda para o povo“, conforme disse, tamb én, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista à Globo News, antes da decisão do colegiado do BC, Haddad  argumentou que faltava uma “harmonização” dos Três Poderes e que faltava à instituição comandada pelo bolsonarista Campos Neto “se somar a esse esforço“.

O ministro acrescentou que quer “crer que nós estejamos prestes a ver isso” e “a hora que acontecer, a hora que tivermos todos alinhados, a coisa vai começar a prosperar. Mas o Copom optou por interromper a queda da taxa de juros.

Na quinta-feira (20/junho), Lula disse, em entrevista à Rádio Verdinha, em Fortaleza, que "é uma pena, quem perde é o povo do Brasil”.

“[Henrique] Meirelles [presidente do Banco Central de 2003 a 2011] tinha autonomia tanto quanto tem esse rapaz de hoje”, disse Lula referindo-se a Campos Neto. “Mas eu tinha poder de tirar, aí entenderam que precisava de autonomia. Autonomia de quem? Autonomia para atender quem?”, questionou.

Já a Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores e deputada federal Gleisi Hoffmann, disse, em sua conta no ‘X‘, que a atuação do presidente do Banco Central é “política“, informando que o TCU (Tribunal de Contas da União) vai investigar sua atuação.

“A coisa é tão escrachada que Ministério Público propôs isso ao TCU: investigar a relação política entre os bolsonaristas Campos Neto, presidente do BC, e Tarcísio Freitas, governador de S. Paulo“.

O subprocurador Lucas Furtado, segundo Gleisi, “foi direto ao ponto” no texto da denúncia, que diz: “A presença do presidente do Banco Central no referido jantar, promovido por possível candidato oposicionista nas próximas eleições, caracteriza flagrante conflito de interesse, visto que a manutenção das taxas de juros elevadas têm dificultado a implantação dos projetos de investimento pretendidos pela atual gestão, notadamente nas áreas de infraestrutura e políticas sociais”.

Gleisi explicou que, para o subprocurador Furtado, “Campos Neto estaria sabotando a economia para beneficiar Tarcísio como candidato da oposição“, oi qjue é,  segundo ela,  “ilegal e imoral“.

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