PF deve solicitar indiciamento de Bolsonaro e generais pelo 8/1

Foto: Valter Campanoto/Agência Brasil


O Inquérito deve ser concluído em agosto e apesar das acusações, a Polícia Federal não planeja solicitar a prisão dos indiciados nesta primeira etapa



Brasil 247 – A Polícia Federal (PF) está prestes a concluir o inquérito que pode resultar no indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro do ano passado, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Segundo a CNN Brasil, o relatório final traz evidências suficientes para indiciar, também, o general Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro, além de outros militares de alta patente. Ainda conforme a reportagem, apesar das acusações, a PF não planeja solicitar a prisão dos indiciados nesta etapa. 

Durante a investigação, a PF descobriu que Bolsonaro participou ativamente de discussões sobre uma minuta para um golpe de Estado com seus assessores, chegando a solicitar ajustes no documento. Posteriormente, ele teria enviado a minuta a generais e comandantes das Forças Armadas, com o intuito de convencê-los a apoiar a ação golpista.

Diálogos interceptados pela PF revelaram uma discussão entre o ex-ministro da Defesa, Braga Netto, e o então comandante do Exército, general Freire Gomes, resistente à ideia do golpe. As gravações mostram, também,  o ex-ministro Paulo Sergio Nogueira e o general Augusto Heleno, os dois sob investigação, debatendo com Bolsonaro estratégias para mantê-lo no poder.

Ainda de acordo com a reportagem da CNN Brasil, “o relatório final da Polícia Federal deve ainda prever uma cadeia de acontecimentos para demonstrar que outras investigações estão relacionadas à tentativa de golpe de estado, a exemplo da compra e venda de joias no exterior e a fraude no cartão de vacina do ex-presidente e familiares”.

Em fevereiro, os generais Braga Netto e Heleno sc olheram ficar em silêncio durante seus depoimentos à PF. Na mesma ocasião, Bolsonaro questionou a competência do STF para julgar o caso e também manteve silêncio.

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