CAIXA investirá R$ 53 milhões em projetos de bioeconomia





Recursos destinam-se a 400 organizações sociais de base comunitária selecionadas por meio de chamadas públicas



Agência Caixa – A CAIXA destinará R$ 53 milhões de seu Fundo Socioambiental (FSA) para a execução de projetos baseados em negócios da sociobiodiversidade que ofereçam soluções focadas na natureza e/ou na segurança alimentar. Denominada Teia da Sociobiodiversidade, a iniciativa será coordenada pelo Fundo Casa Socioambiental. O programa selecionará centenas de organizações sociais de todas as regiões do Brasil, que serão responsáveis pela execução dos projetos. A assinatura do convênio foi anunciada nesta terça-feira, 27 de agosto. A divulgação dos critérios de seleção está prevista para 25 de outubro.

O orçamento máximo de cada projeto selecionado será de R$ 100 mil, com prazo de execução de até 16 meses. Mais de 80 mil pessoas devem ser beneficiadas, segundo a estimativa do Banco. Este é o maior investimento da história do FSA CAIXA e colocará a CAIXA em um novo patamar de apoio às ações para preservação da biodiversidade brasileira, gerando trabalho e renda às comunidades tradicionais e locais.

Por serem projetos associados à bioeconomia, a Diretoria de Sustentabilidade e Cidadania Digital (DESUC) construirá um conjunto de soluções demonstrativas para identificar as necessidades de crédito e de apoio. Assim, contribuirá para a Estratégia Nacional de Bioeconomia e para a Transição Justa para uma Economia de Baixo Carbono. Os ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente já demonstraram interesse em acompanhar a condução dos trabalhos.

Segundo o diretor de Sustentabilidade e Cidadania Digital, Jean Benevides, “o objetivo da CAIXA é que os investimentos beneficiem as associações de base comunitária, nos mais diversos rincões, de todos os biomas do Brasil. E que possa mobilizar a rede de organizações que o Fundo Casa já se mostrou capaz de ativar. Sem isso, jamais esses grupos acessariam o FSA".

Quando associada a negócios da sociobiodiversidade, a biotecnologia pode avançar às fronteiras da criatividade humana e desenvolver produtos como as biojoias, que utilizam sementes, fibras, capim, frutos secos, conchas e ossos para a produção de acessórios de moda. O Brasil possui uma infinidade de frutas de difícil comercialização in natura, com alto valor nutricional e que facilmente podem se transformar em sucos, geleias, chás, bolos, sorvetes ou cosméticos. Muitas plantas possuem propriedades medicinais. Cada região do País possui recursos que podem ser explorados, aliando a tecnologia e a criatividade ao desenvolvimento sustentável e à redução das desigualdades sociais.

O Fundo Casa Socioambiental foi selecionado a partir da Carta Convite que a CAIXA publicou para conhecer projetos no setor. Depois de analisar as soluções propostas, a decisão foi tomada, levando em conta as ações sugeridas e a experiência que a instituição possui na promoção, conservação e sustentabilidade ambiental, além do respeito aos direitos socioambientais e à justiça social. Desde 2005, o Fundo Casa cria conexões entre pessoas e organizações por meio do apoio financeiro e fortalecimento de iniciativas da sociedade civil.​

O decreto nº 12.044/2024 define bioeconomia como sendo “o modelo de desenvolvimento produtivo e econômico baseado em valores de justiça, ética e inclusão, capaz de gerar produtos, processos e serviços, de forma eficiente, com base no uso sustentável, na regeneração e na conservação da biodiversidade, norteado pelos conhecimentos científicos e tradicionais e pelas suas inovações e tecnologias, com vistas à agregação de valor, à geração de trabalho e renda, à sustentabilidade e ao equilíbrio climático" D12044 (planalto.gov.br).




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