O papel da integração nacional e sul-americana para a transição energética justa e inclusiva é tema de debate

Presidente Lula destaca que a integração do Brasil com a América do Sul é imprescindível para a inserção internacional do país. (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR).

Presidente Lula e ministro Waldez Góes participam do fórum Um Projeto de Brasil com líderes dos setores públicos e privados


Desenvolvimento –
O papel da integração nacional e sul-americana para uma transição energética justa e inclusiva foi tema do fórum Um Projeto de Brasil, realizado nesta quarta-feira (14), com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. O evento faz parte do novo ciclo da série Diálogos Capitais, que celebra os 30 anos da CartaCapital, e reuniu líderes de setores públicos e privados no auditório do Conselho Nacional da Indústria (CNI). A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também estava presente.

Na abertura do fórum, o presidente Lula destacou que a integração do Brasil com a América do Sul é imprescindível para a inserção internacional do país. Lula também reforçou a importância de promover a integração entre as diferentes regiões brasileiras, visando o crescimento econômico, a inclusão social e a geração de emprego e renda.

“Não abrimos mão da coordenação do desenvolvimento como prerrogativa do Brasil para que a integração regional seja um fator de bem-estar e prosperidade efetiva para as nossas populações, principalmente em regiões tradicionalmente esquecidas e marginalizadas”, afirmou o presidente.

O ministro Waldez Góes ressaltou que o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) trabalha em conjunto com o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) na modelagem de políticas de fortalecimento federal atreladas às rotas de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano.

“Das cinco rotas de integração sul-americana, três têm relação com a Amazônia Legal. Dentro da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), temos os planos estratégicos da Amazônia, Brasil Central, Nordeste, Sul e Sudeste. Sobre a Amazônia, estamos atentos às oportunidades que a integração das rotas Ilha das Guianas, Amazônica e Quadrante Rondon podem trazer às comunidades locais, aos estados e aos municípios em relação às atividades produtivas, sociais culturais”, explicou o ministro.

O MIDR alinha a aplicação dos fundos de desenvolvimento regional e dos fundos constitucionais às estratégias discutidas no âmbito do Governo Federal.

No evento, a ministra Simone Tebet apresentou a previsão de abertura de cada uma das rotas. O trecho do Amapá, na Rota 1 (Ilha das Guianas), estará concluído até o final de 2026 e, pelo menos, um trecho da Rota 3 (Quadrante Rondon) será inaugurado até 2026. Em 2025, estará concluída a principal ponte da Rota 4 (Bioceânica de Capricórnio) e os acessos ao Paraguai serão finalizados até 2026. Além disso, um trecho da Rota 5 (Porto Alegre Coquimbo) também será inaugurado em 2026.

“Queremos que o presidente Lula possa inaugurar a Rota 2 ainda na COP30, dado que ela só precisa de uma dragagem, que está em construção, e da conclusão da alfândega na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Essa é a rota mais sustentável, pois é totalmente hidroviária e será conectada ao Porto de Xangai. O presidente da China estará no Peru, em novembro de 2025, inaugurando”, destacou a ministra.

Rotas de Integração Nacional

Além das rotas sul-americanas, o Brasil conta com as Rotas de Integração Nacional (Rotas), que consistem em redes de arranjos produtivos locais associados a cadeias produtivas estratégicas. As 11 Rotas existentes promovem a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras.

Açaí, biodiversidade, cacau, cordeiro, economia circular, fruticultura, leite, mel, pescado, tecnologias da informação e comunicação (TIC) e moda são as cadeias produtivas fomentadas pelas Rotas de Integração Nacional.


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