Serra Gaúcha sediou Conferência Internacional das Favelas

Propostas e debates relevantes para o G20 Social

Caxias do sul recebeu a etapa municipal da Conferência Internacional das Favelas, organizada pela Central Única das Favelas (Cufa) em parceria com a Unesco. O encontro discutiu o desenvolvimento de políticas públicas afirmativas para esses territórios. O objetivo é inserir as favelas no contexto global das discussões do G20, que reunirá as vinte maiores economias do mundo no Brasil, ainda em 2024.

O encontro abriu espaço para debates e pautas como a desigualdade, sustentabilidade, direitos humanos, raça, gênero e os desafios enfrentados pelas favelas, reflexões que serão organizadas e apresentadas às lideranças mundiais na etapa internacional do evento.

O encontro realizou-se no bairro São Vicente em Caxias do Sul, geograficamente conhecido como a região onde surgiram as primeiras favelas da Serra gaúcha, juntamente com  Bairro Jardelino Ramos e com o Complexo Antena. Diversas lideranças comunitárias, representantes do terceiro setor, gestores públicos, professores acadêmicos e personalidades de setores distintos marcaram presença e se manifestaram.,

A Conferência estadual, marcada para o dia 24 de agosto de 2024, reunirá representantes de inúmeras favelas gaúchas, principalmente dos municípios que têm base consolidada da CUFA-RS. Uma participação mais ampla das lideranças locais e da população em geral é a expectativa, para garantir a discussão de temas de relevância global e, assim, incentivar o envolvimento das autoridades de todas as frentes do país e do mundo. 

Segundo  Celso Athayde, fundador da CUFA, “se os problemas são globais, as soluções também devem ser.”  Empresário, especialista em potencial orgânico e econômico das favelas, Athayde tem se destacado nas questões de cunho social, apostando na perspectiva de que otimista em relação  ao impacto a longo prazo das discussões e debates realizados nas conferências.

O Rapper Chiquinho de Vila, Doutor em Diversidade & Inclusão e um dos organizadores do eventro, garante: "A serra gaúcha se movimenta. Precisamos nos organizar ainda mais enquanto potência econômica dentro das favelas. Com mais investimento e parceria entre todos os setores"