CGU e PF realizam operação para desarticular esquema de desvio de recursos da Lei de Incentivo ao Esporte
Ex-agente público do Ministério do Esporte é apontado como líder de esquema fraudulento. A Operação Fair Play conta com a participação de oito auditores da CGU e 45 policiais federais
CGU – A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) iniciaram nesta segunda-feira (30/09) a Operação Fair Play, com o objetivo de desarticular um grupo suspeito de desviar recursos públicos destinados a projetos amparados pela Lei de Incentivo ao Esporte. O grupo seria liderado por um ex-agente público do Ministério do Esporte e estaria envolvido em crimes relacionados ao uso indevido de recursos de renúncia fiscal federal.
A Lei de Incentivo ao Esporte permite que pessoas e empresas destinem parte de seu Imposto de Renda para apoiar projetos esportivos e paradesportivos em todo o Brasil. O esquema investigado envolvia a utilização indevida desses recursos, desviando verbas públicas por meio de contratos fraudulentos.
As investigações começaram após denúncia e incluíram a análise de documentos e informações sobre projetos executados entre 2019 e 2022 por cinco entidades sem fins lucrativos – quatro sediadas em Belo Horizonte (MG) e uma em São Paulo (SP). As apurações da CGU e da Polícia Federal revelaram indícios de que as contratações estavam sendo direcionadas para prestadores de serviço e fornecedores relacionados aos dirigentes das entidades investigadas.
Segundo os investigadores da operação, o grupo se apropriava indevidamente de parte dos recursos por meio de empresas vinculadas a esses dirigentes ou de intermediários. Além disso, foram identificadas movimentações financeiras que apontam para a prática de lavagem de dinheiro.
Até o momento, os projetos analisados pela CGU somam mais de R$ 10 milhões em pagamentos, mas o valor de recursos federais envolvidos pode ser maior, já que nem todos os projetos executados ou em execução foram auditados. A operação busca não só responsabilizar os envolvidos, mas também coletar novas evidências que possam aprofundar a investigação.
Até o momento, os projetos analisados pela CGU somam mais de R$ 10 milhões em pagamentos, mas o valor de recursos federais envolvidos pode ser maior, já que nem todos os projetos executados ou em execução foram auditados. A operação busca não só responsabilizar os envolvidos, mas também coletar novas evidências que possam aprofundar a investigação.
Diligências
A Operação Fair Play consiste em cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, bloqueios dos ativos financeiros dos investigados, no limite de quase R$ 180 milhões, bem como o impedimento de as entidades investigadas obterem novas autorizações para execução de projetos esportivos. O trabalho conta com a participação de oito auditores da CGU e 45 policiais federaisPode te interessar:
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