PF deflagra operação para descapitalizar o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami
Ação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão
preventiva - Foto: Divulgação / PF
Ações ocorreram em Roraima e Rondônia e resultaram em 15 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nos estados de Roraima e Rondônia
Secom – A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Taurus Aureus, na manhã desta terça-feira, 3 de setembro, com o objetivo de combater a logística e o financiamento das organizações criminosas atuantes no garimpo ilegal das terras Yanomami.
A ação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão preventiva nos estados de Roraima e Rondônia. Além das prisões, a Justiça deferiu os pedidos da Polícia Federal que atingem com força o financiamento da logística do garimpo. A apreensão e a indisponibilidade de diversos bens, incluindo veículos e uma fazenda, são medidas legais de garantia e reparação dos imensuráveis danos ambientais causados pela atividade.
As medidas cumpridas estão diretamente ligadas à Operação Libertação, ação permanente, iniciada em fevereiro de 2023, para a repressão ao garimpo ilegal e a desintrusão dos invasores da Terra Indígena Yanomami.
Além da ação na TI Yanomami, ao longo dos primeiros 18 meses de atuação do Governo Federal, três desintrusões foram concluídas no Pará – Alto do Rio Guamá, Apyterewa e Trincheira do Bacajá – e uma em Rondônia, na TI Karipuna. As operações são previstas como meta prioritária do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), que planejou a realização de 32 até o final de 2026.
No comparativo entre os meses de março a agosto deste ano com o mesmo período em 2022, a mineração ilegal realizada na TI Yanomami registrou queda de 91,6%. De acordo com dados levantados pela Casa de Governo em Roraima, 26% dos 9,6 milhões de hectares da Terra Indígena são afetados pela mineração irregular.
Em março de 2024, a área de garimpo ativo era de 4,57 mil hectares e a área de influência do garimpo era de 2,6 milhões de hectares. Os números foram reduzidos para 1,5 mil hectares e 916 mil hectares, respectivamente, em agosto deste ano. Em relação às apreensões, multas e inutilização de equipamentos, o prejuízo estimado dos financiadores do garimpo em território Yanomami é de R$ 163 milhões.
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