PF indicia Bolsonaro, Braga Netto e mais 35 por tentativa de golpe

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21/novembro) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto (PL) –, candidato a vide de Bolsonaro na eleição de 2022 –, e outras 35 pessoas por suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.


Essa é a primeira vez que um presidente eleito democraticamente é indiciado como responsável por tramar contra a democracia no país.

A lista dos indiciados atéw o momento  abriga 37 nomes:
  1. Ailton Gonçalves Moraes Barros
  2. Alexandre Castilho Bitencourt da silva
  3. Alexandre Rodrigues Ramagem
  4. Almir Garnier Santos
  5. Amauri feres Saad
  6. Anderson Gustavo Torres
  7. Anderson Lima De Moura
  8. Angelo Martins Denicoli
  9. Augusto Heleno Ribeiro Pereira
  10. Bernardo Romao Correa Netto
  11. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  12. Carlos Giovani Delevati Pasini
  13. Cleverson Ney Magalhães
  14. Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
  15. Fabrício Moreira De Bastos
  16. Filipe Garcia Martins
  17. Fernando Cerimedo
  18. Giancarlo Gomes Rodrigues
  19. Guilherme Marques De Almeida
  20. Hélio Ferreira Lima
  21. Jair Messias Bolsonaro
  22. José Eduardo De Oliveira E Silva
  23. Laercio Vergilio
  24. Marcelo Bormevet
  25. Marcelo Costa Câmara
  26. Mario Fernandes
  27. Mauro Cesar Barbosa Cid
  28. Nilton Diniz Rodrigues
  29. Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
  30. Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
  31. Rafael Martins De Oliveira
  32. Ronald Ferreira De Araujo Junior
  33. Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros
  34. Tércio Arnaud Tomaz
  35. Valdemar Costa Neto
  36. Walter Souza Braga Netto
  37. Wladimir Matos Soares
A partir dessa etapa, o STF encaminha relatório à PGR. Se a PGR entender que há elementos suficientes qpara demonstrar a participação nos atos, vai oferecer à Justiça uma denúncia contra os envolvidos. Somente se a denúncia for acolhida pelo STF é que Bolsonaro e seus auxiliares viram réus.

A investigação que resultou no relatório encaminhado pela PF ao ministro relator Alexandre de Moraes reuniu mensagens de celular, vídeos, gravações, depoimentos da delação premiada de Mauro Cid e um conjunto de documentos.

As investigações apontaram uma erstrutura por meio de divisão de tarefas, constatando-se a existência dos seguintes grupos (núcleos):

  1. Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;

  2. Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;

  3. Núcleo Jurídico;

  4. Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;

  5. Núcleo de Inteligência Paralela;

  6. Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas

Em pouco menos de dois anos, a equipe da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal reuniu  conjunto de elementos, que inclui a minuta de um decreto golpista para decretar "Estado de sítio" no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o vídeo de uma reunião ministerial de Bolsonaro na qual o então presidente  afirma que era necessário agir antes das eleições.



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