PF investiga mais dez generais e outros 25 militares por plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vice-presidente Geraldo Alckmin


Operação Contragolpe indica que rede de militares envolvidos em conspiração golpista pode ser ainda maior do que se imaginava


Com dados do Brasil 247 –  e do relatóreio da PF. A Polícia Federal  revelou, na terça-feira (19/novembro) que a trama envolvendo militares de alta patente para assassinar o presidente  Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Moraes pode ser ainda mais ampla do que inicialmente estimado. A Operação Contragolpe, que investiga a conspiração,  identificou a participação de pelo menos 35 militares, incluindo dez generais, 16 coronéis e um almirante, mas as evidências indicam uma rede maior de apoio e articulação. A informação é do jornalista Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo, republicada pelo site Brasil 247.

Entre as provas levantadas pela PF estão mensagens, áudios e documentos apreendidos com os alvos da operação. O material mostra  planejamento detalhado que previa desde o envenenamento de Lula até o uso de explosivos para assassinar Moraes. O general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo do governo Jair Bolsonaro, aparece como figura central na articulação,  ostra relatório com mais de 200 páginas produzido pela PF e entregue ao STF. Em seu celular, foram encontrados planos golpistas, como o chamado “Punhal Verde Amarelo”, e uma minuta de gabinete de crise que seria implementada após a ruptura institucional, imporessa em duas versões, uma das quais mais enxuta, com menor número de nomes.
Em conversas reveladas pela PF, militares manifestam insatisfação com a cúpula da força, chegando a dizer que ela "tinha que acabar". Em um dos trechos mais polêmicos, Fernandes desdenha da Constituição, afirmando: “Quatro linhas da Constituição é o c...”.

Nas mensagens trocadas pelos envolvidosnbo atentado impressiona o número de palavrões de baixo calão e a vulgaridade da linguagem.

Além de Fernandes, outros oficiais foram citados. Com o major Rafael de Oliveira, a PF encontrou registros da operação “Copa 2022”, que tratava da prisão ou execução de Alexandre de Moraes. Essa ação teria sido planejada e iniciada, mas foi abortada em cima da hora. Já com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, os investigadores localizaram uma planilha com mais de 200 etapas descritas para a execução de um golpe militar.


Aliados de Bolsonaro envolvidos

Generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, ex-ministros e aliados próximos de Jair Bolsonaro são mencionados como figuras-chave em uma eventual “pacificação” do país após a quebra da ordem democrática, sob uma nova liderança militar, segundo textos reproduzidos de menssagens trocadas npelom líderes do movimento.

A descoberta dos planos de golpe e assassinato destaca escalada preocupante nas articulações antidemocráticas, com mensagens e documentos indicando que a rede pode ter se espalhado além do núcleo inicialmente identificado. Segundo fontes ligadas à investigação, outros nomes relevantes podem surgir à medida que o inquérito avança.


Reação das Forças Armadas

Em resposta às revelações, o Exército Brasileiro divulgou nota afirmando que não comenta investigações conduzidas por outros órgãos, reforçando seu respeito às instituições da República. A Marinha e as defesas dos militares presos ainda não se manifestaram sobre o caso.

A Operação Contragolpe representa um marco na investigação das ações antidemocráticas realizadas após as eleições de 2022. A descoberta de um plano tão elaborado, envolvendo oficiais de alta patente, não apenas lança luz sobre as ameaças à democracia, mas também destaca a necessidade de maior supervisão e transparência nas Forças Armadas, além de maior atenção à segurança de lideranças do governo e às instituições públicas.

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